quarta-feira, novembro 05, 2008


Vão se foder.

Você percebe que as pessoas superestimam o valor das palavras quando, durante um programa de TV, uma criança diz que concorda com a pedofilia.

Ela não tem a mínima idéia do que está dizendo e o termo não a afeta, de maneira alguma. Portanto, se não a afeta, o quão relevante é?

Pausa pra reflexão: se alguém te xinga de filho da puta, por que isso deve te afetar? Se você não compreendesse o significado da expressão, ela te afetaria? Não. Então por que um xingamento causa reações de raiva nas pessoas? Um xingamento não quer dizer porra nenhuma, nem ao menos é uma acusação. Resumindo: Por que alguém te xingar deve estimular o surgimento de um sentimento negativo em você? É você quem sai perdendo.

Enquanto a garotinha se diverte com a situação, a platéia coloca a mão na boca. Curiosamente, esse tipo de gesto é um atestado do quanto o ser humano é burro. Não há nada de errado ou espantoso com a resposta da criança. Ela apenas não dá o mesmo valor para as palavras que os adultos dão. Infelizmente, em questão de alguns anos, ela será impregnada pela "boa educação" e o politicamente correto.

Eu não acredito em palavras, acredito em ações. Eu não acredito numa pessoa que se diz culpada até ser provado, efetivamente, que ela é culpada. Às vezes me dizem que eu não levo nada a sério, por conta disso. Mas não é que eu não leve nada a sério: eu apenas não me deixo influenciar por qualquer merda que nego diz.

"Gosto de ler o que você escreve" e "odeio ler o que você escreve" são duas frases antagônicas que, geralmente, me transmitem uma mensagem inversa à literal. Há uma tendência das pessoas que "odeiam" o que eu escrevo lerem tudo o que eu escrevo - demonstrando, através de uma ação, que efetivamente gostam do que eu escrevo. E há também uma tendência de nego que diz gostar do que eu escrevo nem ao menos comentar meus textos - demonstrando que, de fato, não se importa tanto assim com meus textos a ponto de discuti-los comigo.

Se a experiência me diz isso, devo levar tudo que me dizem a sério, ao pé-da-letra?
Ou devo simplesmente me focar em observar gestos, atitudes, ações?

Sozinhas, essas são duas frases que não significam nada pra mim. Elas precisam vir acompanhadas de um contexto. Por exemplo, se um desconhecido vira na rua pra mim e diz "seu merda", eu não me sinto ofendido. Talvez eu xingue o cara, talvez não. Provavelmente não, porque o "xingamento" não me afetará. Contextualmente, essas são duas frases que adquirem valor. Elas podem reiterar ou ratificar algo. Elas podem AJUDAR a passar uma mensagem, mas elas não são a mensagem em si. E quando eu decifrar a mensagem em si... aí sim, isso acarretará uma ação minha.

O ser humano simplesmente não é evoluído o suficiente pra compreender pra que serve a comunicação verbal: facilitar o entendimento do interlocutor, apenas isso. Se todos fôssemos mudos, a mensagem seria passada com mais dificuldade - porém, mesmo assim, poderia ser passada. A comunicação verbal não serve pra agredir, magoar ninguém. Sentimento não está diretamente atrelado às palavras. Isso é uma deturpação do sentido, apenas.

Agora vão todos se foder.


Escrito por Eduardo @ 7:03 AM, |

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O autor

Eduardo Carvalho

Essa imagem retardada aí do lado veio com o template. Em tese, eu deveria trocá-la por uma foto minha e colocar um perfil aqui - porém, isso dá uma certa mão-de-obra. Por conseguinte, essa porra retardada permanecerá aí do lado enquanto a preguiça não me permitir tirá-la. Portanto, provavelmente, até o fim do ano. De qualquer forma, não me incomoda muito. Enquanto isso, eu tenho que deixar um texto aqui enchendo linguiça, pra tentar preencher esse retângulo. Juro que fiz meu máximo.

Sobre o blog

Esse blog foi criado no início de 2003, há cerca de 6 anos atrás, quando eu era um pivete que nem sabia escrever direito ainda. Portanto, eu não recomendo os arquivos. Eu fazia piadinhas bobas e sem graça. Quanto ao nome, "Faz Sentido", refere-se á uma expressão que eu usava muito na época. Disso, eu não me envergonho tanto. Criar nomes para blogs não é fácil.

Duvida?

Pensa num aí.

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