terça-feira, novembro 02, 2004




[Cena | hall do meu prédio, esperando o elevador chegar]

Como de costume, esperei apenas 34 minutos e o elevador chegou.
Entrei nele e apertei o número do meu andar, mas como eu já esperava - alias, já espero isso há uns 4 meses - ele não acendeu. O fato é que o botãozinho do meu andar não acende quando apertado. Gosto muito do meu prédio.

Nessa hora, ouvi passos se aproximando do elevador. Logo conclui que alguém queria pegá-lo. Como sou um rapaz cortês, abri novamente a porta do elevador e deixei os passos entrarem. Eram duas velhinhas. Duas velhinhas que eu não lembro de ter visto alguma vez na minha vida. Aliás, percebam como essas velhinhas de elevador são todas iguais. E todas te conhecem. Incrível!

Elas me contaram que vinham da igreja evangélica aqui ao lado, e eu fiz cara de "é mesmo?". Nessas horas eu tenho vontade de dizer "e eu perguntei alguma coisa?". Mas fico só na vontade. Nesse momento, a porta do elevador ainda estava fechando, vagarosamente. Já mencionei que adoro meu prédio?

Pois bem.
Elas entraram, fizeram alguns comentários sobre como estou cada vez mais alto - detalhe que não cresço 1cm desde que eu tinha 15 anos. mas isso é detalhe - mandaram lembranças a minha mãe e apertaram os botões do elevador que as levariam ao seus respectivos lares. Porém, como velhinhas também são sagazes, logo perceberam que apenas dois botões estavam apertados - os delas. E concluíram que eu não apertei o meu.

- Filho, você esqueceu de apertar o seu botão.
- Ah, eu já apertei sim. È que ele não acende.
- Não vai apertar o seu botão?

Sim. Ela repetiu a pergunta. Não escutou o que eu disse.
Nesse momento, idéias FANTÁSTICAS de como eu poderia me divertir com a situação borbulharam na minha cabeça. Escolhi a idéia número 7. Gosto do número 7. Gosto muito, aliás.

- Não vai apertar o seu botão?
- Já vou.

E dito isso, desconversei. Falei do tempo, do calor, da novela - afinal, sou pesquisador de novelas - da atual conjuntura sócio-política mundial, das eleições americanas, sobre o meu repúdio ao partido republicano americano, sobre a alta do petróleo e sobre os baixos indices da bolsa NASDAQ. Enfim, coisas triviais.
Tudo isso num intervalo de tempo de 30 segundos, que é o tempo que o elevador leva do térreo até o meu andar.

As velhinhas parariam no décimo-terceiro e décimo-quinto andar - não, não sei fazer a bolinha do numeral ordinal no teclado até hoje - respectivamente. Ou seja, eu chegaria antes delas.
Digam OOOH!, pela brilhante conclusão.



OOOOOOOOH!


Gostaria de agradecer a essas pessoas espantadas a cessão não autorizada da foto. E também ao google, por permitir que eu as encontrasse. E a minha mãe, que permitiu que eu viesse ao mundo e que vocês lessem esse post. E a sasha, é claro.

E o elevador finalmente chegou ao meu andar. Porém, como as velhinhas puderam perceber, eu NÂO TINHA apertado o meu número. Logo, o elevador NÃO PODERIA parar ali, no lépido raciocínio das velhinhas. Conclusão lógica.
Porém, no exato momento que o elevador passou pelo meu andar, eu espirrei nervosamente. Como todos sabem, eu tenho um jeito peculiar de espirrar. Meu espirro é exagerado e barulhento, além de de combinar elementos de tosse. Amigos meus afirmam que eu deveria procurar ajuda especializada para curar isso.

Hum. Procurarei. Mas não agora. Estou no meio de um post.
Ok, divago.


E veja só que coincidência! No momento que eu espirrei, o elevador MILAGROSAMENTE parou no meu andar! Como se o espirro tivesse sido uma ordem para o elevador parar.
Lembre-se que eu não havia apertado o número do meu andar. Então, para as velhinhas, o elevador parou no meu andar por causa do espirro!

Elas me olharam assustadas, com cara de espanto. Como o elevador poderia ter parado no andar sem o botão estar apertado? Como o elevador pára na hora que o garoto espirra? Como um post pode ser tão idiota e você estar lendo ele até este parágrafo?
Dúvidas que nunca seriam sanadas.
Saí do elevador acompanhados pelos incrédulos olhares das velhinhas. Dei TCHAU e não fui correspondido. Ou se fui, não cheguei a ouvir.
Acho que a partir desse episódio, eu não estarei mais alto todo dia que encontrar as velhinhas e minha mãe não receberá mais lembranças.

Elas devem ter achado que eu estava com encosto, sei lá.

Esse post contem partes reais e irreais. Escolha ao seu bel prazer quais seriam cada uma delas.


Escrito por Eduardo @ 3:40 PM, |

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O autor

Eduardo Carvalho

Essa imagem retardada aí do lado veio com o template. Em tese, eu deveria trocá-la por uma foto minha e colocar um perfil aqui - porém, isso dá uma certa mão-de-obra. Por conseguinte, essa porra retardada permanecerá aí do lado enquanto a preguiça não me permitir tirá-la. Portanto, provavelmente, até o fim do ano. De qualquer forma, não me incomoda muito. Enquanto isso, eu tenho que deixar um texto aqui enchendo linguiça, pra tentar preencher esse retângulo. Juro que fiz meu máximo.

Sobre o blog

Esse blog foi criado no início de 2003, há cerca de 6 anos atrás, quando eu era um pivete que nem sabia escrever direito ainda. Portanto, eu não recomendo os arquivos. Eu fazia piadinhas bobas e sem graça. Quanto ao nome, "Faz Sentido", refere-se á uma expressão que eu usava muito na época. Disso, eu não me envergonho tanto. Criar nomes para blogs não é fácil.

Duvida?

Pensa num aí.

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