segunda-feira, setembro 24, 2007




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Doutor Fleury desde pequeno foi muito fresco. Lembro-me de uma viagem de fim de ano que fizemos juntos. Fomos de carro até o Paraguai. Que viagem incrível. Doutor Fleury vomitou apenas duas vezes durante o caminho. Mesmo sendo Fleury um personagem imaginário com quem converso, obriguei meu pai a parar para que lavássemos o carro nas duas vezes.
Com tamanha quantidade de água utilizada levianamente, é desnecessário descrever os danos no estofamento. O cheiro era insuportável, tornando comum carros se descontrolarem durante suas tentativas de ultrapassagens - os motoristas em questão simplesmente se perguntavam se valia, realmente, viver se sujeitando a tais odores.

Paramos certa tarde para nos tratarmos das seqüelas deixadas pelo cheiro forte ao qual fomos expostos por prolongado período de tempo. Cheiro que fizera inúmeros motoristas perderem suas vidas. Deixamos o carro próximo a uma lata de lixo para disfarçar. Não fui atendido. Meu pai falou que só trataria de nós dois, mas durante a minha consulta convenci o médico a tratar de Fleury, que implorava para que eu desse a ele meu lugar. Enquanto estávamos sendo atendidos nosso carro foi invadido, sem que soubéssemos. Invadido pela pior espécie de ser vivo do planeta. Invadido por um Didelphis marsupialis. Infelizmente o estofado do carro cheirava igual a uma fêmea micurê no cio. O macho, devidamente excitado, invadiu o carro com a errônea idéia de que ia faturar uma quenga.

- Oh Deus! Vim aqui com o intuito de faturar uma quenga, e me deparei com um estofamento cheirando a sexo. ? O micurê gesticulava e falava sozinho. Parecia desolado. ? Estou aqui, atendendo o chamado da mãe natureza, vim aqui pronto para desempenhar o meu papel destinado, mas fui enganado. Por que Deus? Por que?

Deus não sabia responder aquela pergunta, logo não se manifestou para o pobre micurê, deixando ele vitima de sua própria excitação. Infeliz do leitor que imaginou que não se tratava de masturbação, pos foi esta a única saída encontrada pelo micurê.
Eu e Fleury vínhamos conversando. Contando piadas descontraída mente. Eu estava prestes a contar a clássica piada do pinto que não tinha uretra foi se masturbar e explodiu, quando avistei uma forma peluda em êxtase dentro do carro.

- Hei! O que é isso que você pensa que esta fazendo, seu pervertido? ? Disse chocado ao me dar conta do que estava acontecendo.
- Olha aqui meu rapaz...
- Já olhei mais do que eu queria. Saia do meu carro
- Procure entender o que aconteceu. Foi tudo um mal entendido. Seu carro tem o cheiro de uma fêmea micurê no cio.
- Se o meu carro cheira ou não como uma fêmea no cio, o problema é meu. Não quero ninguém se masturbando aqui dentro. E pra falar a verdade eu nem sei o que é um micurê.
- Micurê é como é chamado o gambá nesta região. ? Explicou Fleury, que até então estava calado, encantado com a cena que presenciava.
- Meu carro tem cheiro de gambá no cio?
- Aparentemente. ? Dizia sem tirar os olhos do gambá

Fleury foi sempre muito fresco, mas neste dia ele se excedeu. Enquanto conversávamos o gambá se apressou e conseguiu atingir o orgasmo. Uma sensação mágica, inclusive para os marsupiais, tomou conta de seu corpo maciço. Ejaculou. Um jato certeiro acertou Fleury no rosto.
- AH! Fleury! Seu rosto! ? Gritei, com nojo de ajudar meu amigo. Sentimento que perdura durante todo nosso relacionamento, ganhando força através do tempo.
- É isso que você consegue quando atrapalha o curso da natureza. ? declarava o gambá, transparecendo felicidade por ter a sorte de acertar a face de seu inimigo com munição tão oportuna.
- Se eu fosse você eu matava esta criatura imunda Fleury.
- Não faça isso. Deixe-o ir. Ele fez o que tinha que ser feito afinal. ? Fleury sorria. Seus olhos estavam vidrados. Ele procurava esconder as lagrimas de felicidade.

Ainda me lembro das interjeições de prazer daquela flor, que não lavou o rosto durante toda a viagem. Desde esse dia não viajo mais de carro com Fleury.



PS: Dr.No não consumiu nenhum tipo de droga durante a confecção deste post.
PS2: Acho.
PS3: Quero comprar um.
PS4: PELA ULTIMA VEZ: EU NÃO SOU O DR.NO!


Escrito por Eduardo @ 11:11 PM, |

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O autor

Eduardo Carvalho

Essa imagem retardada aí do lado veio com o template. Em tese, eu deveria trocá-la por uma foto minha e colocar um perfil aqui - porém, isso dá uma certa mão-de-obra. Por conseguinte, essa porra retardada permanecerá aí do lado enquanto a preguiça não me permitir tirá-la. Portanto, provavelmente, até o fim do ano. De qualquer forma, não me incomoda muito. Enquanto isso, eu tenho que deixar um texto aqui enchendo linguiça, pra tentar preencher esse retângulo. Juro que fiz meu máximo.

Sobre o blog

Esse blog foi criado no início de 2003, há cerca de 6 anos atrás, quando eu era um pivete que nem sabia escrever direito ainda. Portanto, eu não recomendo os arquivos. Eu fazia piadinhas bobas e sem graça. Quanto ao nome, "Faz Sentido", refere-se á uma expressão que eu usava muito na época. Disso, eu não me envergonho tanto. Criar nomes para blogs não é fácil.

Duvida?

Pensa num aí.

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