terça-feira, abril 24, 2007
INÉDITO! - Log exclusivo com Seung Hui Cho, o atirador de Virginia [PARTE I]
Ok, como todos vocês sabem, o assunto mais comentado da semana passada foi o massacre na universidade americana de Virgina protagonizado pelo coreano Seung Hui Cho.
Mais uma vez, temos um caso de um cara que era isolado, não tinha amigos, tinha uma vida de merda e por isso resolveu matar geral. Daí a imprensa faz seu costumaz papel de boba e põe a culpa do ocorrido num dos itens a seguir:
a) armas
b) RPG
c) Heavy Metal
d) filmes e jogos de computador violentos
e) Marylin Manson
Dessa vez, escolheram culpar as armas de fogo. Vamos restringir a venda de armas! Como se as armas atirassem sozinhas. Como se o moleque realmente precisasse de uma arma de fogo pra matar. Querendo matar, acredite, ele IA matar. Seja com facas, bomba caseira ou um bastão de baseball. A questão não é COMO ele matou, e sim POR QUE ele matou. A questão não é como podíamos ter impedido ele de fazer, a questão é como podíamos ter impedido que ele chegasse a COGITAR essa hipótese.
Vejamos alguns depoimentos de pessoas que o conheciam:
"Ele era muito quieto e estava sempre sozinho", afirmou o vizinho Abdul Shash.
Por que será que o perfil psicológico desses assassinos é sempre o mesmo? Por que será que o moleque gravou uma fita de vídeo e fez questão de mandar a uma emissora de televisão?
Segue um trecho do discurso dele no vídeo:
"Vocês vandalizaram meu coração, rasgaram minha alma e queimaram minha consciência. Vocês achavam que era um garoto patético que vocês estavam extinguindo. Graças a vocês, eu morri. Como Jesus Cristo, para inspirar gerações de pessoas fracas e indefesas."
Porra, é tão difícil de perceber? O moleque só queria ser ouvido. Não precisa ser nenhum gênio pra entender isso. Ele não queria mais ser excluído, não queria mais ser zoado ou olhado torto pelas pessoas. Infelizmente, acabou escolhendo a pior alternativa possível pra ser alguém, pra ser notado. Mas com certeza ele deve ter pensado, durante o massacre: "finalmente estou fazendo algo de importante na minha vida".
Lembrando que não estou justificando o que ele fez, apenas "decifrando" sua motivação.
E como resolver isso? Simples.
Numa sociedade ideal, com menos preconceito e menos apego à coisas fúteis, seria só alguém se dar o trabalho de sentar do lado do moleque e bater um papo com ele. Tentar integrá-lo. O ser humano precisa do convívio social, precisa lidar com outros seres humanos - sem isso, não tenho dúvidas que qualquer um pode enlouquecer e fazer umas paradas insanas, tipo essa.
Mas, bem, não vivemos numa sociedade ideal.
E mais longe ainda disso está o Estados Unidos :)
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Ah, o log do título do post? Fica pra parte II.
Escrito por Eduardo @ 1:35 AM, |
O autor
Eduardo Carvalho
Essa imagem retardada aí do lado veio com o template. Em tese, eu deveria trocá-la por uma foto minha e colocar um perfil aqui - porém, isso dá uma certa mão-de-obra. Por conseguinte, essa porra retardada permanecerá aí do lado enquanto a preguiça não me permitir tirá-la. Portanto, provavelmente, até o fim do ano. De qualquer forma, não me incomoda muito. Enquanto isso, eu tenho que deixar um texto aqui enchendo linguiça, pra tentar preencher esse retângulo. Juro que fiz meu máximo.
Sobre o blog
Esse blog foi criado no início de 2003, há cerca de 6 anos atrás, quando eu era um pivete que nem sabia escrever direito ainda. Portanto, eu não recomendo os arquivos. Eu fazia piadinhas bobas e sem graça. Quanto ao nome, "Faz Sentido", refere-se á uma expressão que eu usava muito na época. Disso, eu não me envergonho tanto. Criar nomes para blogs não é fácil.
Duvida?
Pensa num aí.
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