sexta-feira, julho 06, 2007




Sobre a banalização da porradaria na TV brasileira, associada a incredulidade do espectador pós-moderno, em uma análise conceitual contemporânea


Pois é.

[16:43:10] Jessica: http://www.youtube.com/watch?v=Gu8WqFrnuUQ
[16:43:21] Jessica: a porrada comia solta antigamente
[16:43:27] Jessica: hj é mt menos porradaria



Ví uns 15 segundos do vídeo e pensei: "ah, nego caindo na porrada de novo. Chato." E fechei. Mas depois eu fiquei raciocinando: "porra, nego CAINDO NA PORRADA e eu fechei o vídeo? Tem alguma coisa errada aí".

Cheguei a conclusão que porrada na TV não choca mais. Primeiro, porque banalizou. No programa da Márcia, Ratinho, entre outras anomalias da televisão brasileira, o que não faltava era porrada. Lembro que nas primeiras vezes que vi as "atrações", achei tudo muito maneiro. "CARALHO, NEGO CAINDO NA PORRADA, QUE FODA, VAI ROLAR SANGUE!". Mas nunca rolava. Curioso.

E aí entra o segundo motivo pelo qual porradaria na TV não me choca mais: o fato de 99% das brigas serem armadas. Na verdade, muitas vezes, não há como saber se é armado ou não. Porém, a partir do momento que você percebe que ninguém nunca sai ferido dessas merdas, você passa a desconfiar. Outrossim, desde o surgimento dos programas do João Kléber, passei a considerar que tudo na TV é armado.
Fiquei paranóico.

Aliás, sobre esse negócio de armações na TV, o nível de incredulidade do telespectador chegou a um ponto em que nem quando a parada é séria dá pra acreditar. Em 2004, um homem armado com um revólver invadiu AO VIVO o programa "Jogo da Vida" da Márcia Goldschmidt e apontou a arma pra ela e pro cantor Vaguinho - vocalista de um desses inúmeros grupos de pagode com nome ridículo por aí. O cara queria passar um recado pra ex-mulher, pelo programa. O Vaguinho simplesmente não acreditou que a parada era séria, e insistiu que era uma pegadinha. Só começou a acreditar que era pra valer um bom tempo depois, já que o maluco foi ficando cada vez mais nervoso. Facilmente poderia ter acontecido uma tragédia aí.

Isso acontece porque 90% do conteúdo de programas do tipo é de "falsa realidade", onde tudo é combinado previamente mas nego simula que é real. Não há credibilidade, o telespectador não é otário. Pelo menos não todos. Ok, quase todos.

Enfim, por falar em falta de credibilidade, termino esse post bruscamente perguntando a vocês:



Isso é choro ou risada?


Escrito por Eduardo @ 3:53 AM, |

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O autor

Eduardo Carvalho

Essa imagem retardada aí do lado veio com o template. Em tese, eu deveria trocá-la por uma foto minha e colocar um perfil aqui - porém, isso dá uma certa mão-de-obra. Por conseguinte, essa porra retardada permanecerá aí do lado enquanto a preguiça não me permitir tirá-la. Portanto, provavelmente, até o fim do ano. De qualquer forma, não me incomoda muito. Enquanto isso, eu tenho que deixar um texto aqui enchendo linguiça, pra tentar preencher esse retângulo. Juro que fiz meu máximo.

Sobre o blog

Esse blog foi criado no início de 2003, há cerca de 6 anos atrás, quando eu era um pivete que nem sabia escrever direito ainda. Portanto, eu não recomendo os arquivos. Eu fazia piadinhas bobas e sem graça. Quanto ao nome, "Faz Sentido", refere-se á uma expressão que eu usava muito na época. Disso, eu não me envergonho tanto. Criar nomes para blogs não é fácil.

Duvida?

Pensa num aí.

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